domingo, 25 de novembro de 2007

DIREITOS HUMANOS

Inevitavelmente todo dia 10 de dezembro quando celebramos o Dia Internacional dos Direitos Humanos nossas retinas refluem para o holocausto da Segunda Grande Guerra Mundial e nos faz refletir sobre as idéias ainda reinantes aqui e alhures de intolerância. As verdades absolutas que pavimentaram o determinismo científico no passado voltam ao presente sob o argumento de que geneticamente a pessoa humana é superior ou inferior de acordo com a sua origem étnico-racial.

Em que pese todo o esforço na construção e afirmação dos direitos humanos, temos sido alertados como na visão cinematográfica de Igmar Berman em “Ovo da Serpente”, quanto a inocência, o descuido diante da violência que se avizinha. Inadmissível a atitude de meros espectadores perante a cotidiana morte anunciada dos “indesejáveis”. A intolerância ocultada na retórica da problemática da imigração de povos oriundos do pós-colonialismo justifica a celebração pactos mefistofélicos para solução das desigualdades sociais. A tirânica vida das tribos urbanas como os skinheads nazista, skinhead white-power, nazi-skin, bonehead. A cultura da violência praticada por esses grupos é um continuum das ideologias nazi-fascistas que assolaram a Europa no recente passado traduzido em holocausto. A necessidade do aggiornamento das concepções de cidadania tinge a paleta dos direitos humanos com outros matizes. Cybercidadania, eco-cidadania, inter alia, formam outros figurinos que o Direito e a Justiça se a eles não se ajustarem estarão diante do enígma : Decifra-me ou te devoro”. Os Direitos Humanos enquanto fio de Ariadne tem sido o caminho para conquista da dignidade humana contra a fúria minotáurica da intolerância em todas as suas formas.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos deve ser vista como todas as Declarações de Princípios, como todas as Declarações outras, inclusive as de Amor, elas só ganham sentido quando deixam de ser tão somente Declarações e passam a realizar aquilo que prometem.